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A operação de financiamento dos bancos a três anos bateu todos os recordes, com cerca de 530 milhões de euros a seguirem para os cofres de 800 bancos europeus a uma taxa de juro inferior à inflação. É a segunda operação do género em três meses, embora não se reflita no aumento do crédito às empresas nem às famílias.

Banco Central volta a engordar os cofres dos bancos europeus, 
mas estes optam por não o passar aos agentes económicos.
Foto saikofish/Flickr

Em dezembro passado, uma operação semelhante do BCE colocou 489 milhões à disposição de 523 bancos europeus, mas hoje é sabido que esse dinheiro serviu para pagar dívidas dos bancos e não para aumentar a oferta de crédito à economia.

Nos dias seguintes a essa operação, ficou evidente que os bancos optaram por não emprestar dinheiro nem fazê-lo circular entre si, mas preferiram antes deixá-lo em depósitos de 24 horas no próprio BCE, remunerados a 0,25%. A perspetiva de recessão económica na Europa é apontada como outra das razões para a falta de vontade da banca em dar crédito para a economia poder crescer.

Mas se o presidente do BCE, Mario Draghi, diz acreditar que desta vez os bancos usem o dinheiro emprestado a juro baixo para ajudar as empresas e as famílias, já o presidente do Bundesbank revela outros receios acerca desta "oferta generosa" do BCE à banca, prevendo que causará a prazo o risco de subida da inflação.

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