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Por J.Roberto Militão
Dos blogs do Portal LN
Jovem afro-brasileira aprovada na FUVEST - ela é contra as cotas raciais
Prezados,
Para conhecimento dos racialistas - geralmente brancos paternalistas como o Senador Sarney - defensores da segregação de direitos raciais pelas cotas raciais, para retirar de um jovem o orgulho de concorrer pelo próprio esforço. Com cotas sociais, todos os mais pobres estariam concorrendo em igualdade de condições. Isso é digno e eleva a auto-estima dos vitoriosos.
Revejam esse antigo mas sempre válido vídeo das crianças pretas e imaginem a violência que é o estado lhes impor a 'escolha´ de um pertencimento racial para usufruir direitos públicos:http://www.youtube.com/watch?v=XyilexcWbSE
Somente quem não se importa com a auto-estima dos pretos e pardos acham graça com a violência estatal da imposição, a jovens imaturos, na traumática fase pré-vestibular um novo e dramático dilema: assumir o pertencimento a uma raça que o racismo diz ser a ´raça negra´ aquela que seria a ´raça inferior´.
Do G1
Jovem negra defende cotas sociais, mas é contra as cotas raciais. Estudante quer uma vaga no curso de direito da USP.
A estudante Thaís Cristina Silva Rodrigo, de 20 anos, concluiu o ensino médio na rede pública e precisou fazer três anos de cursinho para chegar à segunda fase da Fuvest. Ela está na disputa por uma vaga em direito na Universidade de São Paulo e entrou às 13h desta terça-feira (11) para fazer a última prova da fase final do vestibular.
Thaís é contra as cotas raciais porque acha que este tipo de política mostra que os negros não têm capacidade de ser aprovados em uma universidade por eles mesmos. Em contrapartida, a estudante defende as cotas sociais. "A escola pública é falha e os alunos precisam de ajuda para chegar a uma boa universidade."
A jovem diz só chegou à segunda fase da Fuvest porque teve ajuda dos pais para abandonar o emprego de auxiliar administrativa e se dedicar aos estudos. A mãe, a aposentada Walkíria Rodrigo, de 59 anos, acompanhou Thaís nas três provas. "Acho importante acompanhar. Comigo ela se sente mais tranquila", disse a mãe.
Stella Vaz, de 17 anos, moradora de Atibaia, também é contra as cotas raciais pois acha que a medida vai agravar ainda mais a desigualdade social. Para ela, as cotas sociais são bem-vindas desde que haja, paralelamente, politicas para melhorar o ensino público. "Caso contrário, as universidades federais correm o risco de perder qualidade. Além do mais, vai ficar mais difícil para os estudantes da rede privada conseguirem vagas."
A USP ainda não adota sistema de cotas, mas já apresentou um projeto em conjunto com a Unicamp e a Unesp para aplicar as cotas de até 50% das vagas a alunos de escolas públicas nos próximos anos. O projeto está sendo discutido pelos conselhos universitários.
Enfim, somente estúpidos racistas que, por serem brancos imaginam pertencer a uma ´raça superior´capaz de ´proteger´ os inferiores, poderiam conceber e aprovar uma lei de segregação de direitos raciais como as cotas raciais no Brasil.
Neste sentido, para compreensão do espírito da lei, trago a palavra da relatora do PLC 180/2008, a Senadora Ana Rita - PT/ES que é bem didática quanto ao objetivo racial da lei no tocante a política pública, trata-se na verdade de o estado: “fazer a indução de afirmação de pertencimento racial.”diz.
Mas, Senadora, afirmação de raça? Ora, se não temos pertencimento racial nos ensinaram Sérgio Buarque, Oracy Nogueira, Gilberto Freyre e Darcy Ribeiro, apenas para citar os mais conhecidos na sociologia e antropologia brasileira.
Porém a jovem relatora, suplente sem votos que assumiu em 2010, acredita em raça e em direito racial e dá ênfase numa entrevista dia 17/10/11 para a TV SENADO, sobre a principal finalidade estatal contida no PLC 180 que era o de induzir jovens, inseguros e imaturos, na fase pré-universitária a se definirem racialmente em auto-declaração.
Diz a senadora no vídeo (6'30") sobre o papel da lei induzirá aos jovens afro-brasileiros: “Ele terá que responder: qual é a sua raça´! Ele vai ter que dizer: qual é a sua raça! Se é negro, se é branco se é indígena. É fundamental isso... Na verdade não é uma imposição. É o aluno que escolhe. Eu escolho fazer a opção que eu quero ser matriculado, quero concorrer a uma vaga porque sou negro, sou branco. Ele vai se auto-declarar. Se faz parte de uma ´raça´ ou de outra.”. Aqui em vídeo o raciocínio defeituoso, senão, doentio e racista da senadora ANA RITA:http://www.senado.gov.br/noticias/tv/programaListaPadrao.asp?ind_cl...
Destarte, essa afirmação racial era a pretensão do PLC 180/2008 que virou a ´lei de cotas raciais´. Tal espírito da lei está expresso no texto do Relatório da Senadora ANA RITA que emoldura a legislação aprovada. Aqui o relatório na íntegra: http://www6.senado.gov.br/mate-pdf/99558.pdf
Somente racistas estúpidos e insensíveis ou ativistas profissionais que vivem de financiamentos de ONGs norte-americanas ou de empregos públicos ´raciais´é que defendem as leis racistas de cotas raciais.
Como pode? Pessoas que jamais souberam o que é ser vítima de um olhar racista defender uma lei de imposição compulsória e dizer, com um sorriso de vitória no rosto, as vantagens da ´auto-declaração´ de fazer parte de ´uma raça´ que ele rejeita desde a infância pois o racismo diz ser a ´raça inferior´? Diz a senadora racialsta: " É o aluno que escolhe. Eu escolho fazer a opção que eu quero ser matriculado, quero concorrer a uma vaga porque sou negro, sou branco. Ele vai se auto-declarar. Se faz parte de uma ´raça´ ou de outra.”.
Essa imposição estatal da escolha ´de uma raça ou de outra´ é uma estupidez. Evidente que na inocência da infância escolhem a boneca branca pois querem fugir do sofrimento de pertencerem a uma ´raça inferior´. Agora não: semi-adultos, inseguros, diante do estado que lhes dará um prêmio para assumirem uma baixa-estima racial. Uma perversidade! Uma mesquinharia.
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