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Rupert Murdoch (Foto: Reuters TV)
“Eu não tive vontade de esmagar os sindicatos. Se calhar tive esse desejo, mas isso levou vários anos”, respondeu Murdoch quando questionado sobre o processo de aquisição dos jornais The Times e Sunday Times, em 1981, especificamente sobre uma reunião com a então primeira-ministra, Margaret Thatcher.
Quando questionado sobre se ele próprio, Margaret Thatcher e o antigo Presidente dos EUA Ronald Reagan estavam “no mesmo quadrante político”, Murdoch respondeu apenas “sim, acho que isso é verdade”, mas negou que alguma vez tenha pedido qualquer favor a um chefe do Governo britânico, incluindo Thatcher. O magnata dos media desmentiu também a alegação de que a reunião que teve com a antiga primeira-ministra do Reino Unido sobre a compra do The Times e do The Sunday Times tivesse servido para demonstrar que ele era “um deles” – como a própria Margaret Thatcher chegou a afirmar.
O australiano, fundador e presidente da News Corporation – grupo que detém empresas como a cadeia de televisão Fox e os jornais “The Sun” e “New York Post”, entre muitas outras – responde perante a Comissão Leveson (dirigida pelo juiz Brian Henry Leveson), instituída para investigar o papel da impensa e da polícia no escândalo de escutas ilegais que estalou no Reino Unido no ano passado e que levou ao fim do jornal britânico News of The World. Esta comissão pretende avaliar até que ponto os jornais em causa recorriam a escutas telefónicas ilegais de forma sistemática – e com que ajudas – para descobrir e desenvolver notícias sobre os mais variados temas.
“A relevância desta comissão é evidente. Há provas de que houve abusos. O estado dos media neste país é de vital interesse para os cidadãos. Agradeço esta oportunidade porque quero pôr fim a alguns mitos”, declarou Rupert Murdoch no início da sessão de hoje.
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