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Evento abre as portas ao público nesta quarta e espera receber meio milhão de visitantes
Foto: EFE O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, inaugurou nesta segunda-feira a Feira Internacional do Livro de Bogotá (Filbo), que completa neste ano um quarto de século e tem o Brasil como convidado de honra. Aproveitando a ocasião, Santos destacou a participação do país convidado e ressaltou que o Brasil, para a Colômbia, "é uma paixão musical".

Diante da escritora Nélida Piñon e da ministra da Cultura brasileira, Ana de Hollanda, e sob a ausência da presidente Dilma Rousseff, que não pôde viajar a Bogotá por compromissos de governo, Santos elogiou as contribuições do Brasil à cultura e à arte.

O líder colombiano citou grandes obras da literatura brasileira, "que pouco a pouco" foram sendo descobertas em outros países, e autores "que hoje fazem presença tão destacada nesta feira". Entre eles, Santos enumerou Machado de Assis, Guimarães Rosa, Jorge Amado, Clarice Lispector, Rubem Fonseca e a própria Nélida Piñon.

Além disso, Santos ressaltou o trabalho do Brasil para melhorar seus índices de leitura e anunciou que seu governo se esforçará para alcançar a média internacional. Atualmente, o Brasil tem o índice de quatro livros lidos por habitante ao ano, enquanto a Colômbia "não chega a dois", lamentou o governante do país andino.

Ana de Hollanda, por sua vez, destacou o esforço de seu país "para promover a internacionalização" de sua literatura e antecipou que este ano seu ministério - junto com outras pastas - participará de várias feiras internacionais. A ministra assinalou que em Bogotá não haverá apenas presença para a literatura, mas também para campos como dança, música e até a gastronomia de seu país.

Além disso, quase 50 escritores, poetas e dramaturgos brasileiros participarão de múltiplas atividades culturais e editoriais na feira de Bogotá. Junto a Nélida Piñon, visitaram a Corporação de Feiras e Exposições de Bogotá escritores como Santiago Nazarian, Affonso Romano de Sant'Anna e Zuenir Ventura, além de Eric Nepomuceno, tradutor de Gabriel García Márquez, e uma nutrida representação das novas letras brasileiras, com jovens talentos como Adriana Lisboa.

No pavilhão do Brasil, de 3 mil metros quadrados, há uma mostra sobre a vida e a obra da escritora Cora Coralina, com cópias de sua correspondência, manuscritos, artigos, fotografias e outros documentos. Foi organizada também uma exposição sobre Clarice Lispector.

A feira de Bogotá, que abrirá suas portas ao público na próxima quarta-feira, prevê receber meio milhão de visitantes e tem programados, em 14 dias, cerca de 700 atos culturais, com 120 mil livros em 58 mil metros quadrados de exibição.

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