PT diz que PSDB dificulta investigação do caso Pinheirinho


do VIOMUNDO

Tucanos obstruem Comissão de Direitos Humanos na Assembleia

da assessoria da bancada do PT

Os requerimentos apresentados na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia [Legislativa de São Paulo] que tratavam da convocação de agentes do Estado e convite ao representante do Poder Judiciário, que comandaram a desapropriação do Pinheirinho, foram obstruídos pelo PSDB, que designou o deputado Ari Fossen, integrante da Comissão para pedir vistas ao requerimento, como meio de manobra para que o item seja excluído da pauta da reunião.

O documento, de autoria do deputado Adriano Diogo, presidente da Comissão de Direitos Humanos, propôs a convocação do Coronel da Polícia Militar Manoel Messias e do Dr. Fábio Cesnik, delegado responsável pela Delegacia Seccional de São José dos Campos, para prestar esclarecimentos e apurar os fatos ocorridos na área do Pinheirinho, durante a desocupação de 1.700 famílias.

Para os petistas é necessário ouvir estes agentes para que seja elucidado o porquê da operação ter sido conduzida com tamanha violência e ainda após a desapropriação terem sido adotadas medidas para ocultar informações sobre pessoas feridas, uma vez que somente dias depois do fato é que deputados e entidades de direitos humanos conseguiram localizar vítimas dos ataques da polícia durante o despejo.

PT busca apoio para pedido de CPI

A Bancada do PT, por meio de uma iniciativa do deputado Marco Aurélio, apresentou um pedido de CPI do Pinheirinho e já está coletando assinaturas dos deputados para protocolar a proposta. Até o momento foram coletadas 27 assinaturas. Para o protocolar o pedido são necessárias 32 assinaturas. Os deputados do PT tem buscado sensibilizar os parlamentares da base em busca de apoio para que sejam apuradas as responsabilidade e apoio para as famílias reconstituírem suas vidas.

“Eles jamais poderiam derrubar as casas na desapropriação, o que fizeram alí foi totalmente ilegal e desumano, as pessoas estão sem documentos, crianças sem escolas, idosos sem medicamentos, suas vidas e rotina foram desmontadas, agora estão amontoados num alojamento”, apontou Marco Aurélio.

Para o deputado o poder público não deve dar atendimento coletivo, como vem fazendo, “é necessário ver caso a caso, cada família tem uma necessidade específica, algumas têm bebê, precisam de fraldas, outros tem idosos, as crianças precisam ir à escola. Enfim, é preciso levar agentes para mapear e dar atendimento adequado aos desalojados, pois eles estão nesta situação provocada pela ação dos governos municipal e estadual”, destacou o parlamentar.

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